O elemento mais importante da fachada da loja é sem dúvida a vitrina. Ela possui funções importantes que vão além de expor produtos. É ela quem traduz para o consumidor a identidade e posicionamento da marca e convida para o interior da loja. Mas qual o tipo ideal de vitrina para cada loja?
Vamos falar aqui sobre os quatro tipos mais comuns de
vitrinas de fachadas ou vitrinas externas:
- Vitrina aberta
- Vitrina semi-aberta
- Vitrina fechada.
- Lojas sem vitrinas
Vitrine ou vitrina? Vitrine vem do original francês, vitrina é a nossa tradução. Qual é o certo? Tanto faz.
Vitrina aberta
Caracteriza-se por não possuir nenhum elemento que delimite
seu espaço. Ela está integrada ao interior da loja. Este tipo de vitrina possui
como vantagem principal impulsionar as vendas, já que o consumidor tem uma
visão completa do interior da loja o que ela tem a oferecer.
Porém o cuidado com o Visual Merchandising tem que ser
redobrado: tudo tem que estar impecavelmente arrumado e saltando aos olhos de
quem está diante da vitrina e jamais a zona de caixa deve ser posicionada em
local visível. Este pequeno detalhe afasta o consumidor!
Outro ponto importante: a vitrina aberta facilita o contato
direto com os produtos então podemos dizer que em lojas infantis deve ser
evitada, criança é criança e sua saudável curiosidade não tem limites.
Em alguns projetos o espaço da vitrina é sutilmente
delimitado com um piso diferente do restante da loja ou uma pequena elevação
que dê maior destaque aos produtos. Deve- se evitar que fique situado no mesmo
nível da loja.
Observe que nesta imagem de vitrina aberta há uma elevação
do nível da calçada (mas poderia ser do shopping ou galeria) e também está
acima do nível do interior da loja. Os poucos expositores e adereços não
comprometem a visão interna. Note ainda que na parede de fundo o VM trabalhou
uma exposição com poucos produtos e pouca variação cromática, criando uma
harmonia perfeita com os tons de vermelho das peças expostas na vitrina.
Neste tipo de vitrina vale a regra: menos é sempre mais.
Jamais transforme a vitrina em um mostruário de todo o estoque disponível.
Guarde surpresas para o consumidor, trocando as peças semanalmente ou
quinzenalmente, apresentando as novidades aos poucos.
Vitrina semi-aberta
Este tipo de vitrina possui plano de fundo mas não veda
totalmente a visão da loja. São comuns o uso de painéis simples ou com design
que remeta ao tema da vitrina, banners com material institucional, enfim,
qualquer elemento que faça uma separação sutil entre o interior e o espaço
destinado à exposição. Por possui esta característica, a vitrina semi-aberta pode
variar de profundidade conforme os produtos a serem expostos. Elas são móveis e
aí está uma grande vantagem!
Mas aqui vai uma regrinha: nunca transforme o plano de fundo
em expositor! Ele pode conter prateleiras no caso de lojas de calçados e bolsas,
ou de pequenos objetos, desde que sejam estes os únicos espaços para expor os
produtos.
Esta vitrina semi-aberta possui laterais e fundo e teto, mas
há uma área livre permitindo a visão interna.
Os produtos menores (complementares) são valorizados em um plano mais
elevado e pendurado.
Vitrina fechada
São projetadas como uma caixa e possuem altura, largura e
profundidades delimitadas e fixas. São perfeitas para construção de vitrinas
cenográficas, onde se reproduz um cenário temático de acordo com a coleção.
Muito utilizadas no segmento premium ou luxo, possibilitando uma iluminação
mais dramática, com efeitos de luz e sombra que valorizam os produtos, além de
deixa-los fora do alcance do toque e manuseio.
As vitrinas fechadas possibilitam a exploração máxima da
criatividade do VM que pode usar todos os elementos (fundo, laterais e vidraça)
para passar a mensagem pretendida. Mas só é aconselhável em lojas de médias ou
grandes dimensões. Em lojas pequenas inibe a entrada do consumidor.
Observe que nesta vitrina fechada não há nenhum contato
visual com o interior da loja, a cenografia e os produtos são mantidos fora do
alcance dos consumidores.
Lojas sem vitrinas
Como falamos no início, a vitrine é responsável por 85% das vendas da loja e tem a missão de passar ao consumidor uma mensagem clara e objetiva sobre a imagem e posicionamento da marca, além de apresentar os produtos disponíveis; é portanto, o principal elemento da fachada. Ambientar uma vitrine exige cuidados e regrinhas básicas para que o objetivo seja alcançado. Mas por que lojas sem vitrines estão caindo no gosto de alguns varejistas, se consolidando como uma tendência?
Por aqui algumas marcas famosas e bem posicionadas começaram
a adotar o formato de loja aberta sem vitrines comum no segmento popular. Assim
como nas vitrines abertas, é preciso cuidados especiais quando se pensa neste
tipo de arquitetura. O mais importante, sem dúvida, é o Visual Merchandising que deve ser
planejado para causar um forte impacto no consumidor com arrumação e
distribuição dos produtos de forma atraente e organizada, facilitando a
compreensão do consumidor moderno que se apresenta cada vez mais autônomo em
sua jornada de compra.
Para escolher o melhor tipo de vitrine para sua loja, é importante considerar a área da fachada, a localização da loja, o tipo de produto que é vendido e finalmente considerar o segmento no qual a loja está inserida. Varejo de luxo, popular ou porte médio? São fatores que, quando analisados criteriosamente, contribuem para um bom resultado.
Créditos imagens:
http://thebwd.com/marks-spencer-magic-sparkle-christmas-window-displays/
https://designretailspace.com/10-best-fashion-window-displays-summer-2019/
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